segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Quem sou eu?


Quem sou eu? 

Sou sinto
Sucinto
Silêncio
Sem lenço
Multidão

Na solidez da existência
Dúvida
Na dúvida da essência
Desfiz
No desfazer de tuas letras
Ilusão
Na ilusão de tua mente
Surgi

Sou teu espelho
Sou tua espera
Passado, Presente agora
Sou fogo de uma quimera
Estou dentro do que tá fora

Ainda insistem “quem és?”
Já disse
E re-disse
Sou o intervalo
Entre teu pensamento
E tua forma de pensar

Faço parte de uma revolução
Anarquia do pensamento
Sou o tempo
Sou par

Dentro do velho
Sou novo
Dentro das palavras
Sou mar

Sou apenas o biscoito
Que derrete
No seu
Chá

Por LiterActo e ArteFacto

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Reflexões no meio do caminho


A estrada é o infinito ao alcance dos braços. É se mexer, causar, ser. Simplesmente ir. Além das encostas, dos rios, das montanhas, de sua própria alma. É se perder na imensidão do mundo. Pra se encontrar lá no final vento.

Uma jornada requere o desprendimento das coisas. Das cordas que guiam nossos medos . Pois quem sabe se na linha do horizonte, não estão nossos maiores desejos?

Por LiterActo

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Inspirações

As músicas nos transportam para vários lugares. Clique no triângulo (vulgo play) para ouvir algumas das minhas inspirações.




Por LiterActo

Ele nasceu!










"Ele nasceu!!"

Gritei aos quatro cantos, aclamando sua chegada. Sorri, dancei, fiz festa no berçário. Nascia cheio de vida, cheio de vias. Saúde, amor e tudo de melhor foi a ele desejado. Rosto rosado, grito estridente e uma esperança renovada pelas ondas oscilantes que sussurravam aos meus ouvidos: esse será o maior, o melhor.

Gosto borbulhante de Champagne, coração soltando fogos, pedidos disfarçados de sonhos; tudo permeava. A garantia e a vibração me emocionavam. Quando me vi, acreditei naquele pequeno. Tanto acreditei que me esqueci de quem ficou, do outro lado, do lado de fora, com a cara cheia de rugas colada no vidro. O ancião me observava, tentando chamar um pouquinho que fosse da minha atenção tão diretamente focada e indesviável para o pupilo rosado. Cambaleante deu-me tchau, ignorei-o, fingi que não conhecia e passei reto como se fosse tudo uma ilusão.

Até que ponto o despedir de um corpo seria borrado pelo brilho de um novo olho que se abria para o mundo? Virei-me novamente, consegui ainda vê-lo, guardei meu sorriso “embasbacado” e deixei minha lágrima acumulada rolar por meu rosto já molhado de Champagne. Sua imagem, guardei em um velho diário, tranquei-o, transformei-o em memória tombada, já segurando o garotinho no colo que a essa altura bebia minha lágrima como se fosse o mais puro leite materno. Sem chorar a partida sombreada, percebi que não havia volta, porque a chegada fora uma mera criação e eis que tudo não passara de momentos sobrepostos.

O amor poderia se chamar Reveillon, assim quem sabe a dor seria apenas uma passagem e a saudade, uma velha companheira, sombreada, indolor, tombada como Patrimônio histórico da humana idade.

Por ArteFacto

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Bem Vindos

Nós somos a voz de uma nova cultura, literatura pura e diluída. Nós somos sólidas porém líquidas, e queremos falar de viagens, de sonhos, de tempos, de ocasiões. Nós somos terra mas semeamos vento. Somos apenas especulações.

Por LiterActo